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domingo, 15 de junho de 2008

A FOME INFAME

A FOME INFAME


Transnacionais de alimentos lucram com aumento da fome



A fome no mundo é a nova grande fonte de lucros do grande capital financeiro e os lucros aumentam na mesma proporção que a fome. Nos últimos meses, os meses do aumento da fome, os lucros da maior empresa de sementes e de cereais aumentaram 83%. Ou seja, a fome de lucros da Cargill alimenta-se da fome de milhões de seres humanos. A análise é de Boaventura de Sousa Santos(*).


Há muito conhecido dos que estudam a questão alimentar, o escândalo finalmente estalou na opinião pública: a substituição da agricultura familiar, camponesa, orientada para a auto-suficiência alimentar e os mercados locais, pela grande agro-indústria, orientada para a monocultura de produtos de exportação (flores ou tomates), longe de resolver o problema alimentar do mundo, agravou-o.

Tendo prometido erradicar a fome do mundo no espaço de vinte anos, confrontamo-nos hoje com uma situação pior do que a que existia há quarenta anos. Cerca de um sexto da humanidade passa fome; segundo o Banco Mundial, 33 países estão à beira de uma crise alimentar grave; mesmo nos países mais desenvolvidos os bancos alimentares estão a perder as suas reservas; e voltaram as revoltas da fome que em alguns países já causaram mortes. Entretanto, a ajuda alimentar da ONU está hoje a comprar a 780 dólares a tonelada de alimentos que no passado mês de março comprava a 460 dólares.

A opinião pública está a ser sistematicamente desinformada sobre esta matéria para que se não dê conta do que se está a passar. É que o que se está a passar é explosivo e pode ser resumido do seguinte modo: a fome do mundo é a nova grande fonte de lucros do grande capital financeiro e os lucros aumentam na mesma proporção que a fome.

A fome no mundo não é um fenômeno novo. Ficaram famosas na Europa as revoltas da fome (com o saque dos comerciantes e a imposição da distribuição gratuita do pão) desde a Idade Média até ao século XIX. O que é novo na fome do século XXI diz respeito às suas causas e ao modo como as principais são ocultadas. A opinião pública tem sido informada que o surto da fome está ligado à escassez de produtos agrícolas, e que esta se deve às más colheitas provocadas pelo aquecimento global e às alterações climáticas; ao aumento de consumo de cereais na Índia e na China; ao aumento dos custos dos transportes devido à subida do petróleo; à crescente reserva de terra agrícola para produção dos agro-combustíveis.

Todas estas causas têm contribuído para o problema, mas não são suficientes para explicar que o preço da tonelada do arroz tenha triplicado desde o início de 2007. Estes aumentos especulativos, tal como os do preço do petróleo, resultam de o capital financeiro (bancos, fundos de pensões, fundos hedge [de alto risco e rendimento]) ter começado a investir fortemente nos mercados internacionais de produtos agrícolas depois da crise do investimento no sector imobiliário.

Em articulação com as grandes empresas que controlam o mercado de sementes e a distribuição mundial de cereais, o capital financeiro investe no mercado de futuros na expectativa de que os preços continuarão a subir, e, ao fazê-lo, reforça essa expectativa. Quanto mais altos forem os preços, mais fome haverá no mundo, maiores serão os lucros das empresas e os retornos dos investimentos financeiros.

Nos últimos meses, os meses do aumento da fome, os lucros da maior empresa de sementes e de cereais aumentaram 83%. Ou seja, a fome de lucros da Cargill alimenta-se da fome de milhões de seres humanos.

O escândalo do enriquecimento de alguns à custa da fome e subnutrição de milhões já não pode ser disfarçado com as “generosas” ajudas alimentares. Tais ajudas são uma fraude que encobre outra maior: as políticas econômicas neoliberais que há trinta anos têm vindo a forçar os países do terceiro mundo a deixar de produzir os produtos agrícolas necessários para alimentar as suas próprias populações e a concentrar-se em produtos de exportação, com os quais ganharão divisas que lhes permitirão importar produtos agrícolas... dos países mais desenvolvidos.


Quem tenha dúvidas sobre esta fraude que compare a recente “generosidade” dos EUA na ajuda alimentar com o seu consistente voto na ONU contra o direito à alimentação reconhecido por todos os outros países.


O terrorismo foi o primeiro grande aviso de que se não pode impunemente continuar a destruir ou a pilhar a riqueza de alguns países para benefício exclusivo de um pequeno grupo de países mais poderosos. A fome e a revolta que acarreta parece ser o segundo aviso. Para lhes responder eficazmente será preciso pôr termo à globalização neoliberal, tal como a conhecemos.


O capitalismo global tem de voltar a sujeitar-se a regras que não as que ele próprio estabelece para seu benefício. Deve ser exigida uma moratória imediata nas negociações sobre produtos agrícolas em curso na Organização Mundial do Comércio. Os cidadãos têm de começar a privilegiar os mercados locais, recusar nos supermercados os produtos que vêm de longe, exigir do Estado e dos municípios que criem incentivos à produção agrícola local, exigir da União Européia e das agências nacionais para a segurança alimentar que entendam que a agricultura e a alimentação industriais não são o remédio contra a insegurança alimentar. Bem pelo contrário.




(*) Doutor em sociologia do direito pela Universidade de Yale e professor catedrático da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra. É diretor dos Centro de Estudos Sociais e do Centro de Documentação 25 de Abril dessa mesma universidade. É atualmente, um dos principais intelectuais da área de ciências sociais, com mérito internacionalmente reconhecido, tendo ganho especial popularidade no Brasil, principalmente, depois de ter participado nas três edições do Fórum Social Mundial em Porto Alegre.


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O HOMEM E A QUEDA DAS TAXAS HORMONAIS

O HOMEM E A QUEDA DAS TAXAS HORMONAIS:

A ANDROPAUSA







A redução de taxas hormonais com o passar da idade é um fato que está dentro do que foi estabelecido pela fisiologia, ocorrendo em homens e mulheres com ambições adaptativas positivas à sobrevivência da espécie humana.

No entanto, nas últimas décadas essa questão tem parecido se resumir a termos que inspiram cautelas terapêuticas como a menopausa, e mais recentemente a andropausa.



OS TERMOS EM USO



A rigor a menopausa (feminina) não tem um fato biológico identicamente comparável no homem. Na verdade, o mais correto seria o termo – climatério - feminino e masculino. No lado feminino o marco histórico é a parada dos ciclos menstruais, facilmente perceptível mesmo ao olhar menos atento. No entanto o climatério envolve um período de tempo muito mais extenso do que os sinais e sintomas ostensivos que eventualmente ocorrem próximos à cessação menstrual. Alguns autores entendem que as quedas hormonais femininas, em mulheres brancas, urbanas, que trabalham fora de casa, se iniciem já aos 37 anos, podendo se estender por vários anos após a parada das regras mensais. Essa longa fase de transição pode efetivamente estar associada a inúmeros sintomas, muito divulgados na mídia nos últimos tempos, principalmente, porque parecem ser alvos de infinitas abordagens terapêuticas. Em outras palavras: alvos de vários produtos de consumo de toda a ordem. Sejam alimentos, chás, alimentos, medicamentos, equipamentos, procedimentos rejuvenescedores entre outros tantos...

Já o climatério masculino é o espelho da lenta e inexorável redução de taxas hormonais, marcadamente da testosterona, pelo menos na razão de 1% ao ano após os 40 anos. Uma vez que é um processo fisiológico, a simples constatação de quedas na produção hormonal não implica em tratamento especial de nenhum tipo.

De qualquer maneira, parece que a imposição dos veículos de comunicação vão tornar a palavra “non-sense” andropausa num termo trivial, com certeza associado a necessidade de algum tipo de artefato terapêutico disponível para veiculação em seus espaços publicitários.





Andropausa é um termo sem sentido, pois menopausa significa pausa, suspensão menstrual. Já a expressão “parada androgênica” (ou qualquer coisa que essa expressão signifique) é inverossímil, pois não se trata de uma cessação na produção de hormônios esteróides masculinos, mesmo quando ocorrem reduções substanciais dessa produção. Ao pé da letra poderia querer dizer parada da masculinidade! Bem, em principio não me parece que os homens mais velhos que conheço tenham parado de ser masculinos com o correr da idade. Podemos reconhecer que falte uma expressão que sintetize o que se quer expressar na situação de “hipogonadismo masculino tardio” (ou senil, ou fisiológico), que seria, de fato, a expressão mais honesta da situação que estamos tratando. A sociedade de consumo não irá poupar esforços em tornar algo como uma teórica “andropausa” num objeto de consumo, num sinônimo tão patológico como se transformou a menopausa – um passo fisiológico, portanto natural – hoje termo que torna paciente toda a mulher que passa por essa etapa da vida. Muitos admiram isso, adjetivando eufemisticamente como progresso da medicina: transformar todas as pessoas em enfermos que precisam de algum tipo de tratamento.





ASPECTOS CLÍNICOS



De um modo geral os sintomas que costumam estar associados à queda de hormônios masculinos são os seguintes:



Impotência sexual

Ejaculação precoce

Perda de memória

Câncer na próstata

Nervosismo

Insônia

Dificuldade de concentração
Queda da libido (apetite sexual)

Perda de cabelo

Diminuição da massa muscular

Aumento do tecido adiposo

Alterações no humor

Doenças cardiovasculares

Osteoporose






Como é fácil perceber a maioria dos sintomas listados pela maioria dos textos que tratam do assunto não são exatamente específicos de um quadro clínico muito preciso. Mas de um modo geral quando ocorre em um homem acima dos 45 anos, em que se medem taxas hormonais diminuídas, ou em queda constante, se estabelece o diagnóstico.

Um dos problemas é que um quadro, com os sintomas listados anteriormente, poderia estar associado estatisticamente à queda de testosterona. Mas nada impede que para um bom número de indivíduos essa simplificação - de que seja algo DEVIDO à queda de testosterona, pura e simplesmente, - seja a visão reducionista de uma crise adaptativa, nas quais outros aspectos mais complexos da vida precisem ser devidamente analisados.

Em outras palavras, isso pode estar sob a “maldição” dos dados estatísticos paralelos. (Tema muito bem examinado no livro Freaknomics, já citado nesse site). Para muitos, a observação de que determinados valores estatísticos correm no mesmo sentido, pode criar um entendimento de que eles tenham necessariamente uma relação de causa e efeito. Mas muitas vezes são ambos derivados de outros fatores causais, que muitas vezes estão além da capacidade de observação do analista dos mesmos dados. Outras vezes, os fatores causais podem parecer por demais naturais e não serem dignos de serem apontados, para não deixar o observador cair em outra perversidade estatística: a maldição do óbvio!

Nesse segundo caso, se um indivíduo tem uma história de vida mais ou menos assim: trabalha 48 horas por semana (ou mais), não acha tempo para atividade física, alimenta-se de forma apressada e com alimentos de qualidade duvidosa, tem uma quantia reduzida de horas de sono, que pode com freqüência ser interrompido por preocupações financeiras ou profissionais, seu emprego costuma ser altamente exigente, e com metas inatingíveis, o salário não costuma equacionar de forma segura seus gastos mensais, não tira férias há anos, sua esposa trabalha com igual demanda semanal, seu peso está um pouco acima do ideal há anos, não tem vontade de fazer nada além do que ver televisão nas horas de folga, pode se exceder no álcool em encontros sociais ou nos finais de semana, padece de uma certa ansiedade continua, tem dificuldade de falar de problemas íntimos... Se esse indivíduo for ao médico, se queixando de perda de desejo, falta de ânimo, problemas de sono e fizer exames que constatem uma baixa taxa hormonal, tudo resolvido: é a falta de hormônio. O cotidiano, o seu estilo de vida, a sua história pessoal não tem qualquer relação de nexo causal com seu sofrimento. Possivelmente vão ser dadas orientações sobre questões do “tal stress”, da alimentação, “fitness” etc., mas o pilar diagnóstico e terapêutico será a testosterona! Porque a vida moderna é assim, e todos os envolvidos no problema são cúmplices disso. A sociedade de consumo não pode ser responsabilizada! Os hormônios, como os neurotransmissores são os melhores culpados, já que são pouco visíveis, e obviamente não têm como se defender. E ainda bem que existem, uma vez que podem ser tratados, de forma que, com as terapêuticas atuais é possível (sobre)viver sob tal realidade, e dessa maneira evita-se que as pessoas possam se indignar com esse estado de coisas e possam querer... mudar!

Não mude! Apenas se trate e mantenha tudo como está! A ciência médica estará sempre ao seu lado.



A PRÓSTATA



Um dos personagens mais importantes do problema da maturidade masculina é a próstata. É uma glândula que fica sob a bexiga, envolvendo a uretra, e quando enferma pode trazer uma série de pequenos ou graves problemas de saúde, notadamente prejudiciais à micção e ao sono, entre outros transtornos.

Por incrível que possa parecer, é justamente a próstata que pode nos persuadir a pensar em tratamentos hormonais para os homens em função do climatério masculino.

Essa questão foi brilhantemente abordada em um pequeno, mas excepcional, livro do dr. John R. Lee: “HORMONE BALANCE FOR MEN - What your doctor may not tell you about prostate health and natural hormone supplementation”. (*) O dr. Lee, já falecido, foi um expert em questões hormonais, e praticamente estabeleceu todos os protocolos terapêuticos para o tratamento com hormônios bioidênticos para os transtornos da menopausa, tendo escrito vários livros sobre o tema. Foi o maior divulgador da progesterona natural em creme como terapêutica do climatério sintomático .

A grande questão, e aparentemente mais paradoxal, seria a importância da testosterona como terapêutica do crescimento benigno e do câncer de próstata.

Preliminarmente, um dado já chama a atenção: se fosse verdade que o câncer de próstata tenha relação com a testosterona, porque os adolescentes, com as maiores taxas de testosterona em circulação jamais têm câncer de próstata? Se o câncer prostático fosse dependente da testosterona, porque aflige justamente homens com taxas de testosterona decadentes? Que raio de dependência hormonal é essa que aparece quando o aparente agente agressor está em menor quantidade no corpo?

Em primeiro lugar é preciso entender a história do conhecimento ligado às doenças de próstata. Um personagem importante foi o ganhador de prêmio Nobel, o médico Charles B Huggins, que ganhou tal prêmio por propor a castração como terapêutica para senhores com câncer de próstata com metástases. A retirada dos testículos parecia arrefecer o quadro. Logo, a primeira impressão seria de que relação causa e efeito entre testosterona e neoplasia de próstata.

Infelizmente esse pesquisador pioneiro não percebeu que a retirada das gônodas não apenas suprimia a produção de testosterona, como também de todos os demais esteróides sexuais – que incluíam o estradiol.

Voltamos aqui a uma situação, já discutida em artigos anteriores, da predominância estrogênica. Da mesma forma que o excesso de ação dos estrogênios sobre o organismo da mulher incrementa os sintomas de climatério, e pode ser o estopim do câncer de mama, no organismo masculino, a próstata parece ser o alvo desse tipo de transtorno hormonal sutil, porém incrivelmente poderoso em suas conseqüências. A predominância estrogênica pode ser constatada nos homens em alterações corporais como o crescimento da região mamária em idosos, principalmente os mais gordinhos. Podemos ter certeza, isso só ocorre por ação estrogênica.

A predominância estrogênica é também associada à ampla ação de agentes estrogênicos do meio ambiente e nos alimentos, como os agrotóxicos, a liberação de xenoestrogênios (disruptores hormonais, substâncias químicas artificiais que geralmente se comportam como estrogênio) nos alimentos e nas bebidas a partir de embalagens de plásticos, (motivo pelo qual o Canadá baniu o uso de mamadeiras plásticas), carpetes, PVC, produtos de toalete, entre tantos outros. Além disso, o consumo de gorduras trans (gordura vegetal hidrogenada), flúor, e fitoestrogênios em excesso (leite de soja, por ex.), também podem atuar negativamente na saúde da próstata. Para completar a lista o dr Lee ainda enumera a falta de sono, vida sedentária, privação de sono, luz artificial, obesidade e o excesso de cortisol (pelo stress).

Uma listagem grande, mas que não inclui a testosterona nem a progesterona, que costumam estar, na verdade em déficit nos homens atingidos por enfermidades prostáticas.

No final de contas o que importa é que o desequilíbrio entre as taxas hormonais, que faz com que a ação antagônica e balanceada entre a testosterona, a progesterona e o estradiol seja alterada, com uma supremacia sutil ou marcante do estrogênio sobre seus parceiros esteróides, estimula o crescimento da próstata, incluindo o câncer. Tal situação pode ser o aspecto mais relevante para que possamos ver a suplementação hormonal (natural) como uma real necessidade terapêutica.







A mecânica do crescimento da próstata

Um dos objetivos de algumas drogas utilizadas contra o crescimento da próstata tem por alvo sustar a transformação de testosterona em dihidro-testosterona (DHT), pela inibição de uma enzima, a 5-alfa – redutase. A DHT tem uma reconhecida ação de estímulo à célula prostática, muito mais marcante que a testosterona. O excesso de DHT também tem papel atuante na calvície. Dentro do organismo, a progesterona (C21-H30-O2) exerce essa função naturalmente. Nos homens mais velhos a progesterona costuma reduzir, tanto quanto a testosterona. Por outro lado, a ação estrogênica pode ativar habilidades genéticas carcinogênicas (como o estímulo ao oncogene Bcl-2) em células susceptíveis, como as células da próstata. A progesterona é um poderoso antagonista da ação estrogênica em todas as células sensíveis (mama, útero e próstata), sendo então um interessante agente anticancerígeno. Por isso, o dr. Lee se tornou um grande entusiasta do emprego desse hormônio para prevenção e terapêutica desses graves problemas de saúde.





O PSA



Ao contrário do pensamento corrente, o Dr. Lee não parece ter sido um grande entusiasta dos exames de PSA. O antígeno prostático específico na realidade nem mereceria esse nome, já que é uma substância que pode ser encontrada nas mulheres, que obviamente não tem próstata! Na verdade também é produzido no tecido mamário.

Parece que a função do PSA é reduzir a angiogênese (formação de novos vasos sangüíneos) nos tecidos em crescimento anormal, o que seria na verdade um efeito anti-neoplásico e auto corretivo nesses tecidos. De qualquer forma qualquer pressão sob a próstata eleva transitoriamente os níveis de PSA. Isso pode ser o efeito de uma infecção na bexiga ou por um agente traumático.

Infelizmente, muitos casos de carcinoma ocorrem antes que as taxas do PSA se elevem, o que pode torná-lo num marcador atrasado para a doença, e pior um marcador traiçoeiro (falso negativo). Isso pode ser o motivo pelo qual os médicos europeus (como na Suécia) não se valham dele para acompanhamento de doenças prostáticas.



A AVALIAÇÃO LABORATORIAL



O uso da testosterona como esteróide anabolizante com finalidades de beneficiar a performance ou a massa muscular de homens interessados nesses resultados já é bem conhecido. A testosterona também tem uma utilização proscrita como doping para atletas de várias modalidades esportivas, e pode ter sido usado até por mulheres.

Mas o uso sob a designação de reposição hormonal masculina é relativamente recente. O uso de hormônios masculinos para tal finalidade pode ter se popularizado em cima da reposição em uso pelas mulheres, apesar de estar sempre rodeado por muitas desconfianças.

Um dos problemas que sempre causou obstáculos a um uso mais difundido de hormônios para os homens é a relação que teria sido criado entre testosterona e o câncer da próstata. Um outro aspecto é a dificuldade de uma aferição qualificada das taxas hormonais efetivas no organismo. Esse é um problema relevante. Como saber o quanto administrar de hormônios, se as taxas normalmente aferidas no sangue são imprecisas?

Os hormônios esteróides são derivados do colesterol. O mais importante insumo tecidual e celular do organismo também é o responsável pela formação do grupo hormonal mais importante do organismo. Mas substâncias esteróides são insolúveis no sangue (que é base hídrica). Para os hormônios esteróides serem transportados no sangue eles precisam estar acoplados às lipoproteínas. Os hormônios são carregados por conhecidos personagens: o LDL e o HDL, substâncias que levam esteróides na forma inativa para os tecidos. Dessa forma as dosagens laboratoriais habituais de testosterona, estradiol e progesterona no sangue não refletem com exatidão as taxas hormonais ativas nos tecidos. A única maneira de ser acesso a essa informação, de forma viável é a dosagem salivar desses hormônios.

Outra perspectiva importante é a forma de uso. O uso oral é completamente contra indicado, pois pode trazer danos ao fígado entre outros problemas. O uso de dosagens de depósito em injeções intramusculares pode dispor no organismo taxas de liberação muito irregulares. Não se pode esquecer que o excesso de testosterona pode se transformar em estrogênios.

Uma outra questão importante é não se perder de vista a inter-relação entre os hormônios, principalmente as taxas de progesterona, aliado importante na ação antagônica aos efeitos estrogênicos dentro do corpo.



O TRATAMENTO



A reposição hormonal é uma parte da abordagem terapêutica. Mas não é a única. Muitos dos aspectos que envolvem os sintomas do climatério masculino são estritamente adaptativos. A atividade física, o controle de peso, atenção ao contato com disruptores hormonais ambientais, redução do açúcar, diminuição no uso de flúor, tabagismo, a tentativa de suavizar a questão do stress, são todos pontos de crucial importância para a saúde hormonal.

Um dos alimentos mais qualificados é o peixe pela oferta de ômega 3, ácidos graxos extremamente úteis para o metabolismo endócrino.

O licopeno do tomate pode ser útil, assim como complementos alimentares à base de Saw Palmetto. Minerais como o selênio, o magnésio, o cálcio, e a vitamina E podem ter uma ação muito benéfica. Na realidade o consumo de uma alimentação natural e equilibrada oferece todos os nutrientes fundamentais à saúde hormonal.

O sol também é um ingrediente importante, pois é a melhor maneira de formar e oferecer vitamina D, fundamental para a manutenção óssea.

O aspecto mais engenhoso da terapêutica diz respeito ao uso sensato de hormônios bioidênticos: testosterona e progesterona. De preferência na forma de creme ou gel transdérmico, nas menores dosagens eficientes possíveis. Uma forma alternativa, mas muito precisa, pode ser a forma sublingual (que não passa primeiro pelo fígado).





Personagens do plantel terapêutico:

Fitoterápicos: Saw palmetto (ou serenoa repens, reconhecido como inibidor da transformação da testosterona em DHT), licopeno (substância carotenóide que dá cor vermelha ao tomate, melancia, beterraba etc, funciona como antioxidante: um protetor/reparador celular), tribullus terrestris (tradicionalmente relatado como estimulante sexual, e afrodisíaco, possivelmente por estimular a produção de hormônios da hipófise (LH) que elevam as taxas de testosterona), nettle root (ou urtica dioca, que tem ação de inibidor da aromatase, enzima conversora de testosterona em estrógenos), ácido elágico (de nozes e framboesas, ativador da apoptose, a morte celular programada);

Vitaminas: vitamina E, vitamina D,vitamina A;

Ácidos graxos: ômega 3;

Sais minerais: zinco, selênio, magnésio, cálcio, cobre;

Hormônios naturais (ou bioidênticos): progesterona, testosterona, DHEA.





Finalmente, tudo isso só vai funcionar se o indivíduo que está buscando esse tratamento estiver se voltando para uma vida efetivamente mais recompensadora, com mais prazer, com mais satisfação profissional e principalmente mais intensidade íntima e amorosa. Afinal de contas se isso não for alcançado, qual seria a graça da vida? Muitos homens que chegam ao atendimento com os sintomas de “andropausa” estão na verdade numa fase de vida de grande sofrimento existencial e amoroso. Mas não conseguem se aperceber disso. Coisa de homem. Que acaba culpando os seus hormônios e não suas escolhas como responsáveis por miseráveis existências. Sem saúde, sem prazer, sem amor, e sem cor! Se a mídia quer que as pessoas acreditem que a reposição hormonal resolve tudo isso podem ter certeza: é propaganda enganosa. O todo do ser humano é muito maior que a soma de suas partes.

Lembre-se disso quando ouvir ou ler reportagens sobre a andropausa. Esse tema vai ser, com certeza, cada mais divulgado daqui para frente. Mas o sofrimento dos homens e mulheres não vai melhorar apenas por isso. O alivio pleno está além daquilo que o dinheiro pode pagar.






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José Carlos Brasil Peixoto

03062008



Baseado no livro:



(*) “HORMONE BALANCE FOR MEN - What your doctor may not tell you about prostate health and natural hormone supplementation”. De John R Lee – (Equilíbrio hormonal masculino – o que o seu médico não vai lhe dizer a respeito da saúde da próstata e da suplementação hormonal natural).

(Já traduzido pelo autor desse artigo, em busca de editora interessada)

FALANDO SOBRE ALIMENTOS.

Falando sobre alimentos



Ultimamente um jornalista e escritor norte americano tem ganhado espaço de mídia. Se trata de Michael Pollan. E ele fala sobre comida. Para os intelectuais de nosso tempo ele traz o tema sob uma nova ótica: a ótica do tradicional.

Ele torna um pouco mais “pop” uma perspectiva relativamente óbvia sobre a questão alimentar, mas que foi completamente corrompida no curso do século XX: a alimentação tradicional é a mais saudável.

O seu último livro tem o nome de “In defense of food” (Em defesa da comida), que tem ficado entre os mais lidos nos Estados Unidos. O autor fala sobre a nutrição, a indústria dos alimentos e os conceitos de alimentação saudável.

Em uma entrevista para a televisão, ele comentava sobre um curioso aspecto ligado aos cuidados com a alimentação: as pessoas mais preocupadas com a composição nutricional dos alimentos é justamente a população com mais enfermidades ligadas ao que come. Mas na verdade essas pessoas não comem comida de verdade. Consomem produtos que seus antepassados poderiam ter dificuldade em reconhecer como alimentos. A própria legislação auxilia a transformá-los em produtos extravagantes, pois exibem em suas embalagens uma lista extensa de nomes químicos, que de um modo geral, torna difícil de serem reconhecidos pelo consumidor comum. Na verdade quem compra uma maçã, um saco de feijão, ou um peixe, dificilmente vai se preocupar na composição nutricional de tais produtos. Obviamente ninguém, ao longo de centenas de anos, precisaria fazer isso.

Essa é uma necessidade para produtos industrializados com finalidade alimentar. Michael diz que se a embalagem tiver nomes que você tenha dificuldade de entender ou mais de cinco componentes, é melhor não adquiri-lo. Sumariamente ele recomenda que se o seu “produto alimentar” não apodreça, não pegue fungos, ou não seja ingerido por roedores, talvez seja melhor você não consumi-lo também. Alimentos verdadeiros são interessantes por qualquer entidade da natureza capaz de transformá-lo em energia e recolhê-lo do meio ambiente. A rigor há produtos alimentares feitos pela indústria que se comportam como poluentes ambientais, pois não se decompõe com facilidade, como seria esperado para “coisas” que nutrem. Permanecem inalterados por longos períodos de tempo. A margarina que fica estocada fora do gelo em alguns supermercados incautos, mesmo no verão pode ser um exemplo. Leite que fica fora do gelo por meses e não azeda, é um tanto extravagante. As barras de cereais, biscoitos de vários tipos, e vários alimentos congelados não ficam muito longe dessa perspectiva. Principalmente quando temos em suas composições: gordura vegetal, glutamato monossódico (GMS) e aspartame. Aliás, o aspartame agora adoça a água com gás. Por incrível que pareça, a água mineral (ou não) com gás (ou não) com pitadas naturais (ou não) de algumas frutas tomou conta das prateleiras dos supermercados sob nomes atrativos: “H2HO!”, “Aqua fresh” entre outros produtos teimam em perverter a ingestão de líquidos pelas pessoas, que carentes como nunca de sensações prazeirosas em seu dia-a-dia, tomam aspartame na água, para matar a sede, ou aumentarem a dependência das pessoas à praga das águas em garrafa de plástico. (Nesse caso nem água é, pois não passa de água poluída, aquela que a pessoa não quer tomar dos encanamentos de sua casa, para tomar uma água poluída com o composto de fenilalanina + metanol + ácido aspártico (composição do aspartame) e aromatizantes que não deveriam estar ali...)

De qualquer forma jamais devemos nos esquecer: para matar a sede somente água. Qualquer coisa além de água é para aplacar a fome: seja um suco ou água de coco.

Michael Pollan ofereceu uma entrevista à revista Veja, conhecida por tratar os alimentos como produtos farmacêuticos, aliás, um imenso desrespeito às tradições alimentares de um país farto de boas e centenárias tradições, como o Brasil. A começar pelos hábitos multi-seculares dos nossos indígenas (sempre esquecidos quando os intelectuais da mídia falam de tradições reportando hábitos de outros continentes, como a Ásia, dos quais não teríamos motivo algum para seguir), ou centenários como as populações de vários tipos de interior, do litoral etc.

A seguir alguns pontos da entrevista, nas palavras de Pollan :

“Atualmente, os alimentos são vendidos apenas com base em seus benefícios para a saúde: um é capaz de reduzir seu colesterol, outro tem muitas fibras. Os nutrientes tornaram-se mais importantes que a comida em si. O alimento é apenas um intermediário na entrega destas substâncias. Como os nutrientes são invisíveis para todos, exceto para o cientista e seu microscópio, escolher o que comer tornou-se uma decisão para profissionais, e não para amadores. Tem-se a impressão de que é necessário ter um diploma de bioquímica para tal escolha, o que não é correto. Além disso, as mensagens científicas com relação à comida são muito confusas. Há muita divergência entre nutricionistas sobre o que é ou não saudável.”

Outro ponto interessante sobre o nutricionismo:

“Nutricionismo é a atual ideologia em torno da comida. O nutricionismo parte de alguns pressupostos, muitos dos quais nós compartilhamos sem perceber. Acreditamos, por exemplo, na possibilidade de dividir o mundo em nutrientes bons e ruins. Os ruins precisam ser removidos da comida, enquanto os bons, quanto mais, melhor. Atualmente o bom é o ômega-3 e o ruim é a gordura trans, mas isto muda constantemente ao longo da história. Cem anos atrás, as proteínas eram os nutrientes ruins, que deveriam ser substituídos por carboidratos. Outra premissa é que comemos para manter a saúde. Alimentamo-nos para melhorar ou piorar nossa saúde, e apenas isto. Na verdade, comemos pelas mais diversas razões: por prazer, para socializar com os amigos, para participar de rituais familiares e até para demonstrar nossa identidade cultural e religiosa. A saúde é só uma das razões, e por isso não pode se tornar nosso único parâmetro de escolha dos alimentos.”

Em outra entrevista Pollan fala a respeito da questão dos trangênicos e da ambição de reduzir a fome no mundo:

“Este é um assunto muito complexo. Eu não acho que eles estejam sendo sinceros quando usam este argumento. Porque eles não estão trabalhando para resolver a fome do mundo. Eles estão trabalhando na resistência dos agrotóxicos para uma produção industrial em países ricos. Este argumento é pura retórica e acho que eles estão apelando para nosso sentimento de culpa, compaixão e preocupação com o resto do mundo. E eu não aceito este argumento. Em outras palavras, eles estão dizendo que nós devemos deixar de lado nossas preocupações com o que nos interessa por "razões altruístas" e aceitar esta tecnologia para que o povo da África possa ter o que comer.

A revolução verde aumentou enormemente a produtividade das plantações, mas evidentemente não o suficiente para matar a fome do mundo. Os países com os maiores índices de fome são exportadores de comida. Então não é uma questão de quanta comida você produz, a questão é saber quem comanda o dinheiro para comprar comida, e quem faz a distribuição. E isto não é problema de tecnologia.”

Como podemos ver Michael Pollan tem perspectivas bastante interessantes sobre esses polêmicos temas atuais.

Ele sugere: “Coma como sua mãe!”

Aliás: coma de acordo com seus avós, ou parentes mais antigos. Você pode ter certeza: por mais politicamente incorreta que possa parecer o que eles comiam, eles estavam corretos!

Você pode ter suas crenças alimentares, mas jamais insista na falácia de que limites filosóficos alimentares tenham qualquer relação com a alimentação natural!





José Carlos Brasil Peixoto

31052008



Veja a íntegra das entrevistas nos seguintes links:



http://www.planetaorganico.com.br/pollan1.htm

http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/300408/especial_entrevista.html



Sobre o aspartame: procure o documentário: Sweet Misery.

Moringa Globo Reporter.

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM466048-7823-MORINGA+FONTE+DE+VITAMINA+A,00.html

Moringa Globo Reporter.

O dia em uma casa de Uberlândia, Minas Gerais, começa com uma sinfonia de bichos. Aves e micos são vizinhos famintos que aparecem para mais um banquete. Um imenso pomar no coração do Brasil é a chácara de um dos maiores especialistas em alimentos do país: doutor Warwick Estevam Kerr.


Assim como os animais, ele e a mulher acordam cedinho para buscar no quintal as frutas do café da manhã. Variedade e fartura para ter saúde de ferro. Aos 84 anos, o pesquisador se orgulha: só vai ao médico para exames de rotina.

Sessenta e nove espécies de plantas e frutas vingaram no solo fértil deste enorme laboratório ao ar livre. A experiência mais recente do nosso supercientista promete ser o fim de muitas espetadas. Vem aí o pequi sem espinho.

"É o único pé no mundo", afirma o agrônomo, que encontrou a árvore rara numa expedição ao sul do Pará. Levou só um galho para Minas Gerais, e dele retira cascas que são coladas nos pés da outra fruta, que tem espinho. Vinte e três mudas já pegaram. É o início da primeira safra.

"Eu espero que dentro de oito a dez anos a gente tenha de 5 a 10 mil pés desse pequi. É um avanço grande, porque somos o povo que mais come pequi no mundo. Mesmo quem gosta do sabor não gosta de ser espetado. O pequi vai se transformar numa fruta de mercado", ressalta doutor Kerr.




Moringa: fonte de vitamina A
Talvez tão popular quanto à moringa, a árvore que é o xodó do cientista. Uma preciosidade riquíssima em vitamina A. "Surgiu na África, foi para a Europa e, em seguida, para os Estados Unidos e para a Ásia. Dos Estados Unidos passou para o Brasil", conta doutor Kerr.

Presente de um amigo americano. "Veio dentro de uma carta. Tinha oito manchas de óleo, mas eram oito sementes. Eu plantei, e as oito nasceram", lembra o pesquisador. Depois viraram dezenas, centenas, milhares de pés. Replantando a espécie, o pesquisador fez das folhas vitaminadas remédio para crianças.

"A gente conseguiu passar a moringa para o Norte e o Nordeste do Brasil, com cerca de um milhão de sementes plantadas mano a mano por um grupinho. Fizemos um teste numa escola da Amazônia onde nenhum aluno conseguia enxergar o quadro negro. E deu certo, de um dia para o outro, porque a moringa tem betacaroteno, que são duas moléculas de vitamina A. Não tem gosto bom, mas não tem gosto ruim. E o beneficio é muito grande", ressalta doutor Kerr. Segundo o pesquisador, o ideal é que uma pessoa coma o equivalente a um punhado de folhas duas vezes por semana.

Cem mil mudas de moringa são doadas todo ano pelo cientista. Os primeiros pés foram plantados nas creches, escolas, quintais das casas, mas principalmente nas ruas de um bairro de Uberlândia. Numa esquina, por exemplo, tem uma. Em menos de um ano a árvore fica com cerca de três metros de altura e cheia de folhas à disposição de qualquer um. Segundo o professor Kerr, um pé é suficiente para até dez famílias, ou seja, basta uma muda em cada quarteirão.

Pelo menos duas vezes por mês, a dona de casa Maria Aparecida Moraes Pires vai até o canteiro mais próximo e enche as mãos. "As espécies que encontramos aqui foram os próprios moradores que plantaram nos canteiros. Estamos pleiteando distribuir essa idéia para mais moradores. Tem gente que passa aqui e não sabe o que essa árvore significa", diz ela.




A merendeira Eleusa Maria dos Santos preferiu plantar a árvore no quintal de casa. "Nós tínhamos problemas de pele, sistema imunológico descontrolado, queda de cabelos. Hoje eu percebi pela minha própria família que isso acabou e que a gente não tem mais problemas com farmácia. A moringa se tornou nosso grande remédio", conta ela.
A moringa produz folhas o ano todo. Solidários, os vizinhos doam o excesso de produção para a Pastoral da Criança. No suco, no bolo ou no arroz, moringa cai bem em muitas receitas. "Com a moringa, a gente consegue fazer omelete, enriquecer bolos, geléia de beterraba, sopas e mingaus. Existe uma variedade de receitas. Dá um gostinho um pouco amostardado, mas fica muito bom", elogia a professora Divina de Moraes Dias.

Tão bom que as crianças de uma creche agora limpam o prato. Tanto apetite mexeu com os ponteiros da balança. "Deu 12,1 kg, está dentro do peso normal para a idade dela", avaliou uma voluntária da Pastoral. "No mês anterior ela estava com 11,99 kg, e mesmo doente conseguiu ganhar esses gramas".

Aos 6 anos, Andressa, antes desnutrida, fez uma última avaliação. Está com quase 20 quilos. Não precisa mais de acompanhamento. Vitória que a mãe atribui aos incríveis poderes da moringa.

"Ela é forte, tem muita vitamina. Para dar resultado, temos que utilizá-la sempre. Ela era bem miudinha, cabia na palma da minha mão", lembra a dona de casa Carlequiane Dias.

Para nosso superpesquisador, não há satisfação maior do que salvar a vida desses brasileirinhos. "Fico satisfeito, é minha obrigação. Várias coisas tenho feito por me sentir obrigado a devolver ao povo brasileiro a educação gratuita que tive na Universidade de São Paulo. Esse povo é bom demais. Tem gente que não quer fazer nada por ele. Eu quero", conclui doutor Kerr.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Livros Recomendados.

SAÚDE PELA ALIMENTAÇÃO CORRETA.

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SAÚDE PELA ALIMENTAÇÃO CORRETA
(O Sistema Curativo por Dieta Amucosa)
Muitos me perguntam o que é a Dieta Amucosa.
No livro Saúde pela Alimentação temos esse sistema de Arnold Ereth citado como
primeiro estudo que eu fiz para adotar o Frugivorismo que me recuperou após a cirurgia em
que perdi 2/3 do estômago.
As citações foram retiradas dos dois livros básicos de Ereth: “Sistema Curativo por
Dieta Amucosa” e “O Jejum Racional”. Hoje possuímos muito maior volume de informações
científicas e mais regimes estudados nos três volumes do Curso Avançado de Alimentação
Natural (ou Medicina Nutricional).
Porém, o público menos científico encontra neste concentrado de Alimentação Correta
informações simples para uso imediato com a comprovação do mandamento do Pai da
Medicina, Hipócrates: “Seja o teu alimento o teu medicamento”. A Dieta Amucosa de Arnold
Ereth é uma dessas provas de que o mandamento está certo ainda 24 séculos depois.
Ereth ensina nos “Princípios Preliminares” que nós citamos: “toda enfermidade é
Constipação ou obstrução”. “Essa mucosidade deriva de substâncias alimentícias indigestas
acumuladas desde a infância”. “A Dieta Amucosa consiste em toda classe de frutas cozidas
ou cruas, vegetais sem amidos e a maioria dos vegetais verdes crus ou cozidos. É uma
combinação de jejuns premeditados, longos ou curtos e uma mudança progressiva de
cardápio, com alimentos não formadores de mucos. Esta dieta sozinha pode curar qualquer
enfermidade sem jejum, embora demore mais tempo do que o jejum”.
Diz ele em “O que é a enfermidade”: “é uma ação de todo o corpo para eliminar
escórias, mucos e toxinas e este sistema ajuda a Natureza da maneira mais natural”.
Transcrevemos mais um trecho do seu “Diagnóstico”: “O meio de Diagnóstico mais
exato e infalível é um jejum curto. A rapidez com que o enfermo se sente pior durante um
curto jejum é proporcional à magnitude e toxidade de sua obstrução”. “Se ele sente vertigens
está gravemente obstruído. Se sente palpitações há pus ou há drogas a eliminar”.
Ele chama de “Espelho Mágico” a esse diagnóstico, mandando observar ainda a
língua suja e a obstrução intestinal.
Com isto, nossos leitores já possuem uma noção do que podem começar a fazer já
para curar-se de enxaquecas, prisão de ventre, gripes, resfriados... etc.
Neste livro prosseguimos com as citações do livro “Jejum Racional” do mesmo
Ereth: “é muito significativo que hoje o jejum seja considerado um fator “especial” de
cura”. Sobre “Duração e Término do Jejum” ele descreve: “assim que a escória entra na
circulação sentimo-nos como um trapo, porém, nem bem essa escória alcança os rins, nós
nos renovamos. Dois ou três dias mais tarde, o processo se repete”. “Prescrevemos a todos
os jejuadores tomarem limonada com um pouco de mel com o objetivo de desprender e
refinar o muco na circulação. O suco de limão e as frutas ácidas de todas as espécies
neutralizam a pegajosidade do muco”.
Quanto tempo podemos jejuar? ele responde: “Mudem de idéia se pensam que
quanto mais jejum melhor cura. O homem é o animal mais doente na face da Terra.
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Nenhum outro animal come mais erradamente”.
Como interromper o jejum? Ele responde com alguns exemplos, onde sugere “um
laxante e mais tarde vegetais sem amido e um pouco de pão de centeio integral torrado”.
Aconselha fazer exercícios e vida ao ar livre durante o jejum. Descreve o Jejum de 24
horas, o Jejum Superior, concluindo: “O Homem é o que come”.
Nosso livro “Jejum Curativo” atualiza cientificamente essas informações . E o Curso
de Diagnóstico pelos Pulsos Radiais com Terapias Naturais amplia o seu leque de opções e
aprofunda o estudo passando a todos a Saúde em suas mãos.
Prof. Mário Sanchez
Contato: mariosanchez@mariosanchez.com.br