Mr. Timothy L. Thomas
Escritório de Estudos Militares Exteriores
Fort Leavenworth, KS.

Este artigo apareceu inicialmente na publicação da primavera de 1998 de “Parameters”.



‘Está completamente claro que o Estado que for o primeiro a criar tais armas alcançará uma incomparável superioridade.’ – Major I. Chernishev, Exército russo.

O corpo humano, muito como um computador, contém uma miríade de processadores de dados. Eles incluem, mas não se limitam, à atividade químico-elétrica do cérebro, coração, e sistema nervoso periférico, os sinais enviados da região do cortex cerebral para outras partes de nosso corpo, as pequeninas células capilares no ouvido interno que processam os sinais auditivos, e a retina e córnea oculares sensível à luz que processam a atividade visual.

Estamos em uma encruzilhada de uma era na qual estes processadores de dados do corpo humano podem ser manipulados ou debilitados. Exemplos de ataques não explicados sobre a capacidade de processamento de dados do corpo são bem documentados. Luzes estroboscópicas tem sido sabido causarem ataques epilépticos. Não tem muito tempo no Japão, as crianças assistindo desenhos animados na televisão foram submetidas a luzes pulsantes que causaram ataque em uma e fez com que outras ficassem doentes.

Defender as capacidades amigáveis e alvejar o processamento de dados do corpo do adversário parece ser uma área de fraqueza na abordagem dos EUA da teoria da guerra de informação, uma teoria pesadamente orientada para os sistemas de processamento de dados e destinada a atingir a dominância da informação no campo de batalha. Ou assim parece da informação na imprensa aberta e desclassificada. Esta desvantagem dos EUA pode ser muito séria, já que as capacidades de alterar os sistemas de processamento de dados no corpo já existem. Uma recente edição do “U.S. News and World Report” ressaltou várias destas “armas maravilhosas” [acústicas, microondas, lasers] e notou que os cientistas estão “procurando espectros eletromagnéticos e sônicos para comprimentos de ondas que possam afetar o comportamento humano.”

Um recente artigo militar russo ofereceu uma inclinação ligeiramente diferente para o problema, declarando que “a humanidade permanece a margem de uma guerra psicotrópica” com o corpo e a mente como foco. O artigo discutiu as tentativas russas e internacionais de controlar a condição psico-física do homem e seus processos de tomada de decisão pelo uso de geradores VHF, “cassetes sem barulho”, e outras tecnologias. Um arsenal inteiramente novo de armas, baseado em aparelhos destinados a introduzir mensagens sub-liminares ou alterar as capacidades de processamento de dados e psicológicas do corpo, podem ser usadas para incapacitar indivíduos.Estas armas se destinam a controlar ou alterar a psique, ou atacar os vários sistemas sensoriais e de procesamento de dados do organismo humano. Em ambos os casos, a meta é confundir ou destruir os sinais que normalmente mantém o corpo em equilíbrio. Este artigo examina as armas baseadas em energia, as armas psicotrônicas, e outros desenvolvimentos destinados a alterar a habilidade do corpo humano de processar os estímulos. Uma consequência desta avaliação é que o modo pelo qual usamos geralmente o termo ‘guerra de informação‘ se refere a quando o soldado individual, não seu equipamento, se torna alvo de ataque.

A Teoria da Guerra de Informação e o Elemento de Processamento de Dados dos Humanos

Nos EUA a concepção comum da guerra de informação se concentra primariamente nas capacidades dos sistemas de hardware tais como computadores, satélites e equipamento militar que processa os dados em suas várias formas. Segundo a Diretiva S-3600.1 do Departamento de Defesa de 9 de dezembro de 1996, a guerra de informação é definida como “uma operação de informação conduzida durante tempo de crise ou conflito para obter ou promover objetivos específicos sobre um adversários os adversários especifícos”. Uma operação de informação é definida na mesma diretiva como “ações tomadas para afetarem a informação do adversário e seus sistemas de informação enquanto defendem sua própria informação e sistemas de informação”. Estes ‘sistemas de informação’ residem no próprio coração do esforço de modernização das forças armadas dos EUA e de outros países, e se manifestam como hardware, software, capacidades de comunicações e indívíduos altamente treinados.

Recentemente, o Exército dos EUA realizou uma batalha fingida que testou estes sistemas sob condições de combate. O Manual de Campo do Exército dos EUA 101-5-1, Termos Operacionais e Gráficos [divulgado em 30 de setembro de 1997] define a guerra de informação como “ações tomadas para obter superioridade de informação ao afetar a informação hostil, processos baseados na informação, e sistemas de informação enquanto defende a própria informação, os seus processos baseados na informação e os seus sistemas de informação”. Este mesmo manual define as operações de informação como uma ‘contínua operação militar dentro do ambiente da informação militar que habilita, aperfeiçoa, e protege as forças amigáveis para coletar, processar e atuar sobre a informação para obter uma vantagem através da completa variedade de operações militares. [As operações de informação incluem] a interação com o Ambiente Global de Informação… e explorar ou negar a informação e capacidades de decisão de um adversário”.

Esta abordagem dos ‘sistemas’ para estudar a guerra de informação enfatiza o uso de dados, referidos a uma informação, para penetrar as defesas físicas de um adversário que protegem os dados [a informação] para obter vantagem pessoal ou estratégica. Isto tem tendido a ignorar o papel do corpo humano como um processador de dados – ou informação - na busca pela dominância, exceto naqueles casos onde o pensamento racional ou lógico do indivíduo pode ser atingido via desinformação ou engano. Como consequência, pouca atenção é dirigida para proteger a mente e o corpo com um “firewall” como temos feito com os nossos sistemas de hardware. Nem tem sido descrita qualquer técnica para assim o fazer. Ainda que o corpo seja capaz não apenas de ser enganado, manipulado, ou mal informado e também abatido ou destruído – exatamente como qualquer outro sistema de processamento de dados, os ‘dados’ que o corpo recebe de fontes externas – tais como ondas eletromagnéticas, vortex, ou ondas de energia acústica – ou criadas por seu próprio estímulo elétrico ou químico pode ser manipulado ou mudado exatamento como os dados [a informação] em qualquer sistema de harware pode ser alterado. O único elemento da guerra de informação relacionada ao corpo considerado pelos EUA são as operações psicológicas (PSYOP). Na Publicação Conjunta 3-13. 1, por exemplo, PSYOP é listado como um dos elementos da guerra de comando e controle. A publicação nota que ‘o alvo máximo da guerra de informação é a informação dependente do processo, seja ele humano ou automatizado… A Guerra de Comando e Controle (C2W) é uma aplicação da guerra de informação em operações militares… C2W é o uso integrado de PSYOP, mentira militar, segurança das operações, guerra eletrônica e destruição física’.

Uma fonte define a informação como “um sinal não acidental usado como um input para um computador ou sistema de comunicações”.

O corpo humano é um complexo sistema de comunicação constantemente recebendo inputs de sinais acidentais e não acidentais, tanto experimentais quanto internos. Se o alvo máximo da guerra de informação é o processo dependente da informação,“seja humano ou automatizado”, então a definição na publicação conjunta implica que o processamento de dados humanos de sinais internos e externos pode claramente ser considerado um aspecto da guerra de informação. Pesquisadores estrangeiros têm notado a ligação entre humanos como processadores de dados e condutores da guerra de informação. Conquanto alguns estudem apenas a ligação com as PSYOP, outros vão além disso. Como um exemplo do anterior, um recente artigo russo descreveu a ofensiva guerra de informação como projetada para ‘usar os canais da Internet para o propósito de organizar PSYOP bem como para ‘inicial aviso político’ de ameaças aos interesses americanos.

A avaliação do autor foi baseada no fato que toda a mídia de massa [ especialmente a programação de televisão] é usada para PSYOP … [e] hoje isto deve incluir a Internet.’ O autor avaliou que o Pentágono queria o uso da Internet para “reforçar influências psicológicas” durante as operações especiais realizadas fora das fronteiras dos EUA para alistar simpatizantes, que realizariam muitas das tarefas previamente confiadas a unidades especiais das forças armadas dos EUA. Outros, contudo, olham além dos simples laços PSYOP para considerar outros aspectos da capacidade de processamento de dados do corpo. Uma das principais fontes abertas para os pesquisadores sobre o relacionamento da guerra de informação com a capacidade de processamento de dados do corpo humano é o russo Dr. Victor Solntsev do Instituto Técnico Baumann em Moscou. Solntsev é um pesquisador jovem e bem intencionado que luta para ressaltar ao mundo os perigos potenciais da interface operador/computador. Apoiado por uma rede de institutos e academias, Solntsev tem produzido alguns conceitos interessantes.

Ele insiste que o homem deve ser visto como um sistema aberto ao invés de simplesmente como um organismo ou sistema fechado. Como um sistema aberto, o homem se comunica com o ambiente pelos fluxos de informação e mídia de comunicações. O ambiente físico de alguém, seja por meio e efeitos eletromagnéticos, gravitacionais, acústicos ou outros pode causar uma mudança na condição psico-fisiológica de um organismo, na opinião de Solntsev. Uma mudança desta tipo pode afetar diretamente o estado mental e a consciência de um operador de computador. Isto não seria uma guerra eletrônica ou uma guerra de informação no sentido tradicional, mas muito mais em um sentido não tradicional e um sentido não americano. Isto pode englobar, por exemplo, um computador modificado para se tornar uma arma ao usar o output de sua energia de frequência para emitir a acústica que debilite o operador. Isto pode também englobar, como indicado abaixo, armas futurísticas destinadas ao uso contra o sistema aberto do homem. Solntsev também examinou o “barulho da informação” que cria um denso escudo entre uma pessoa e a realidade externa. Este barulho pode se manifestar na forma de sinais, mensagens, imagens ou outros itens de informação.

O principal alvo deste barulho seria a consciência de uma pessoa ou grupo de pessoas. A modificação do comportamento pode ser um objetivo do barulho da informação; alguém pode ser atingido em uma capacidade mental individual em uma tal extensão que evite a reação aos estímulos. Solntsev conclui que todos os níveis da psique de uma pessoa [subconsciente, consciente e super-consciente] são alvos potenciais para a desestabilização.

Segundo Solntsev, um vírus de computador capaz de afetar a psique de uma pessoa é o vírus russo 666. Ele se manifesta em cada 25a. estrutura [tomada] de uma apresentação visual, onde ele produz uma combinação de cores que alegadamente põem os operadores do computador em transe. A percepção subconsciente do novo padrão eventualmente resulta em arritmia do coração. Outros especialistas russos em computador, não apenas Solntsev, falam abertamente sobre este “efeito da 25a. estrutura” e sua habilidade de sutilmente gerenciar as percepções de um usuário. O propósito desta técnica é injetar um pensamento no subconsciente do espectador. Isto pode lembrar algumas das propagandas sub-liminares que originaram controvérsia nos EUA na década de 1950.

Opiniões dos EUA sobre as “Armas Maravilhosas”: Alterando a Habilidade do Corpo de Processar dados.

Que tecnologias têm sido examinadas pelos EUA que possuam o potencial para interromper as capacidades de processamento de dados do organismo humano? A publicação de 7 de julho de 1997 de “U.S. News and World Report” descreveu várias delas projetadas, entre outras coisas, para vibrar dentro de humanos, tornando-os perplexos ou nauseados, colocando-os para dormir, aquecendo-os, ou abatendo-os com uma onda de choque. As tecnologias incluem brilhantes lasers que podem forçar as pupilas a se fecharem; frequências acústicas ou sônicas que fazem com que as células capilares do ouvido interno vibrem e causem doença do movimento, vertigem e náusea, ou frequências que ressoam nos órgãos internos causando dor e espasmos; e ondas de choque com o potencial de abater humanos ou aviões e que podem ser misturadas com spray de pimenta ou químicos.

Com a modificação, estas aplicações tecnológicas podem ter muios usos. Armas acústicas, por exemplo, podem ser adaptadas para uso como rifles acústicos ou como campos acústicos que, uma vez estabelecidos, possam proteger instalações, ajudar no resgate de reféns, controlar motins urbanos, ou abrir caminho para comboios. Estas ondas, que podem penetrar construções, oferecem um conjunto de oportunidades para os militares e os policiais de cumprimento legal. As armas de microondas, ao estimularem o sistema nervoso periférico, podem aquecer o corpo, induzir ataques de tipo epiléptico, ou causar paradas cardíacas. A radiação de baixa frequência afeta a atividade elétrica do cérebro e pode causar sintomas do tipo de gripe e náusea. Outros projetos devem induzir ou evitar o sono, ou afetar o sinal da porção do córtex motor do cérebro, dominando os movimentos voluntários dos músculos. Este último é referido as armas de pulsos de onda e o governo russo tem reportadamente comprado mais de 100.000 cópias da versão ‘Black Widow’ delas.

Contudo, esta visão de ‘armas maravilhosas’ foi contestada por alguém que deve entender delas. O Brigadeiro General Larry Dodgen, Assistente Substituto do Secretário de Defesa para Política e Missões, escreveu uma carta ao editor sobre ‘inúmeras inacurácias’ no artigo do ‘U.S. News and World Report’ que ‘mal representam as opiniões do Departamento de Defesa.’

A queixa primária de Dodgen pareceu ter sido que a revista apresentou mal o uso destas tecnologias e seu valor para as forças armadas. Ele também enfatizou o intento dos EUA de trabalhar dentro do escopo de qualquer tratado internacional concernente a aplicação delas, bem como os planos de abandonar [ou ao menos reprojetar] qualquer arma para a qual as contra-medidas sejam conhecidas. Contudo, somos deixados com um sentimento, que a pesquisa nesta área seja intensa. Uma preocupação não mencionada por Dodgen é que outros países ou atores que não sejam Estados não possam estar ligados pelas mesmas restrições. É difícil imaginar alguém com um maior desejo que os terroristas de ter em mãos estas tecnologias. O ‘psico-terrorismo‘ pode ser a próxima palavra chave.

Opiniões russas sobre “Guerra Psicotrópica”

O termo ‘psico-terrorismo’ foi criado pelo escritor russo N. Anisimov do Centro Anti-Psicotrônico de Moscou. Segundo Anisimov, as armas psicotrônicas são aquelas que atuam para “tomar parte da informação que é armazenada em um cérebro humano. Ela é enviada a um computador que retrabalha isto no nível necessário para aqueles que precisam controlar o homem, e a informação modificada é então reinserida no cérebro.” Estas armas são usadas contra a mente para induzir alucinações, doença, mutações nas células humanas, ‘zumbificação’ e até mesmo morte . Incluidos neste arsenal estão os geradores VHF, raios X, ultrassom e ondas de rádio. O major do Exército russo I. Chernishev, escrevendo no jornal militar “Orienteer” em fevereiro de 1997, avaliou que as armas psíquicas estavam em desenvolvimento por todo o globo. Específicos tipos de armas notadas por Chernishev (nem todas as quais tem protótipos] eram: um gerador psicotrônico, que produz uma poderosa emanação eletromagnética capaz de ser enviada pelas linhas telefônicas, TV, redes de rádio, canos de fornecimento e lâmpadas incandescentes. Um gerador autônomo, um aparelho que opera na banda de 10-150 Hertz, que na banda de 10-20 Hertz forma uma oscilação infrassônica que é destrutiva para todas as criaturas vivas. Um gerador de sistema nervoso, destinado a paralisar os sistemas nervosos centrais de insetos, que poderia ter alguma aplicabilidade em humanos. Emanações ultrassônicas que um instituto afirma ter desenvolvido. Aparelhos usando emanações ultrassônicas que são supostamente capazes de realizarem operações internas sem sangue e sem marcas na pele. Elas podem também, segundo Chernishev, serem usadas para matar.

Cassettes sem Barulho

Chernishev afirma que os japoneses tem desenvolvido a habilidade de colocar padrões de voz em frequência ultra baixa em músicas, padrões que são detectados pelo subconsciente. Os russos afirmam estarem usando similares “bombardeios” com uma programação de computador para tratar o alcoolismo e o tabagismo.

O efeito da 25a. estrutura, citada acima, uma técnica onde cada 25a tomada de um rolo de filme contém uma mensagem que é captada pelo subconsciente. Esta técnica, se ela funciona, pode possivelmente ser usada para curar o alcoolismo e o tabagismo, mas ela tem aplicações mais amplas e sinistras se ele é usada em uma audiência de televisão ou em um operador de computador. Os psicotrópicos, definidos como preparações medicinais usadas para induzir transe, euforia ou depressão. Referidos como ‘minas de ação vagarosa’, eles podem ser acrescentados às comidas de um político ou a um suprimento de água de uma cidade inteira. Os sintomas incluem dores de cabeça, barulhos, vozes ou comandos no cérebro, tonteira, dor nas cavidades abdominais, arritmia cardíaca, ou até mesmo a destruição do sistema cardio-vascular.

Há uma confirmação de pesquisadores americanos que este tipo de estudo está acontecendo. Dra. Janet Morris, co-autora de “The Warrior’s Edge”, reportadamente foi ao Instituto de Correlações Psíquicas de Moscou em 1991. Lá ela presenciou uma técnica pioneirada pelo Departamento russo de Correção Psíquica da Academia Médica de Moscou na qual os pesquisadores analisam eletronicamente a mente humana em ordem de influenciá-la. Eles dão o input de mensagens sub-liminares de comando, usando palavras chave transmitidas em um ‘barulho branco’ ou música. Usando um infrassom, a transmissão de frequência muito baixa, a mensagem acústica de psico-correção é transmitida via condução óssea.

Em resumo, Chernishev notou que alguns aspectos militares significativos do armamento psíquico merece uma pesquisa mais estreita, incluindo os métodos não tradicionais para interromper a psique de um indivíduo.

A pesquisa da Percepção Extra Sensorial: determinar as propriedades e condições dos objetos sem até mesmo fazer contacto com eles e ‘ler os pensamentos das pessoas’. Pela pesquisa deClarividência: observar objetos que estão localizados além do mundo do visível – usado para propósitos de inteligência. Telepatia: transmitir pensamentos a uma distância – usado para operações encobertas. Telecinese: ações envolvendo a manipulação de objetos físicos usando o poder do pensamento fazendo com que eles se movam ou se quebrem – usado contra sistemas de comando e controle, ou para interromper o funcionamento de armas de destruição em massa. A pesquisa daPsicocinese: interferir com os pensamentos dos indivíduos em nível estratégico ou tático.

Conquanto muitos cientistas americanos indubitavelmente questionem esta pesquisa, ela recebe um forte apoio em Moscou. O ponto a ressaltar é que indivíduos na Rússia [e em outros países também] acreditam que estes meios possam ser usados para atacar ou roubar da unidade de processamento de dados do corpo humano. A pesquisa de Solntsev, mencionada acima, difere ligeiramente daquela de Chernishev. Por exemplo, Solntsev está mais interessado nas capacidades de hardware, especialmente no estudo da fonte da energia de informação associada a interface operador-computador. Ele ressalta que se estas fontes de energia podem ser capturadas e integradas no computador moderno, o resultado será uma rede que vale muito mais do que ‘a soma de seus componentes’. Outros pesquisadores estão estudando geradores de alta frequência (aqueles destinados a deixar atônita a psique com ondas de alta frequência tais como eletromagnéticas, acústicas, e gravitacionais]; a manipulação ou reconstrução do pensamento de alguém pelas medidas planejadas tais como os processos de controle reflexivo; o uso de psicotrônica, parapsicologia, bioenergia, biocampos e energia psíquica; e ‘operações especiais não especificadas’ ou treinamento anti-percepção extra sensorial. Este último item é de particular interesse. Segundo uma transmissão da televisão russa, as forças estratégicas de foguetes tem começado treinamento ‘anti-percepção extra sensorial’ para assegurar que nenhuma fonte externa possa tomar o comando e controlar as funções da força. Isto é, eles estão tentando construir um firewall ao redor das cabeças dos operadores.

Conclusões

No fim de julho de 1997, os planejadores da Demonstração de 1997 de Inter-operabilidade Guerreira Conjunta se concentrou nas tecnologias que aperfeiçoam o planejamento colaborativo em tempo real em uma força tarefa multi-nacional do tipo usado na Bósnia e na Operação Tempestade no Deserto.

Esta rede de 1997, chamada de Rede de Ampla Área de Coalisão (CWAN), é a primeira rede militar que permite que as nações aliadas participem como parceiros plenos e iguais.

A demostração de fato foi uma feira de comércio para as companhias particulares demonstrarem seus produtos; os ministros de defesa foram decidir onde e como gastar mais sabiamente seu dinheiro, em muitos casos sem incorrer no custo de protótipos. Este é um bom exemplo de fazer negócios melhor e por menos. As tecnologias demonstradas incluiam:

Soldados usando laptops para arrastar linhas finas sobre mapas para chamarem ataques aéreos. Soldados carregando beepers e telefones celulares muito mais que armas. Generais rastreando movimentos de cada unidade, contando o número preciso de bombas disparadas ao redor do globo, e inspecionando em tempo real o dano inflingido a um inimigo, todos com gráficos multicoloridos.

Toda contabilidade deste exercício enfatizou a habilidade de sistemas processarem dados e fornecerem o feedback de informação via a energia investida em seus processadores. A habilidade de afetar ou defender a capacidade de processamento de dados dos operadores humanos destes sistemas nunca foi mencionada durante o exercício. Ela tem recebido apenas uma ligeira atenção durante incontáveis exercícios durante os últimos poucos anos. Tem chegado o tempo de perguntar porque parecemos estar ignorando os operadores de nossos sistemas. Claramente o operador da informação, exposto diante de um vasto conjunto de armas potencialmente imobilizantes, é o ponto fraco em qualquer bem militar de uma nação. Há poucos acordos internacionais protegendo o soldado individual, e estes confiam na boa vontade dos combatentes. Algumas nações, e os terroristas de todos os tipos, não se importam com tais acordos.

Este artigo tem usado o termo processamento de dados para demonstrar sua importância na avaliação do que se trata as chamadas guerras de informação e operações de informação. O processamento de dados é a ação que esta nação e outras precisam proteger. A informação nada mais é que o output desta atividade. Como resultado, a ênfase na terminologia relacionada a guerra de informação ['dominância da informação', 'carrossel de informação'] que tem proliferado por uma década não parece se encaixar na situação diante de nós. Em alguns casos a batalha para afetar ou proteger os elementos do processamento de dados atiram um elemento contra o outro. Em outros casos, os sistemas mecânicos podem ser confrontados pelo organismo humano, ou vice versa, já que os humanos geralmente podem abater qualquer sistema mecânico com o toque de um interruptor. Na realidade, o jogo é sobre proteger ou afetar sinais, ondas e impulsos que possam influenciar os elementos de processamento de dados dos sistemas, computadores ou pessoas. Somos potencialmente as maiores vítimas da guerra de informação, porque temos negligenciado em nos proteger.

Nossa obsessão com um ‘sistema de sistemas’, ´dominância da informação’ e outras terminologias tais é provavelente a causa principal de nossa negligência com o fator humano em nossa teorias da guerra de informação. É tempo de mudar a nossa terminologia e o nosso paradigma conceitual. A nossa terminologia está nos confundindo e nos enviando em direções que lidam primariamente com hardware, software, e componentes de comunicação do espectro do processamento de dados. Precisamos passar mais tempo pesquisando como proteger os humanos em nossas estruturas de gerenciamento de dados. Nada nestas estruturas pode ser mantido se os nossos operadores tem sido debilitados por adversários potenciais ou terroristas que – exatamente agora – podem estar projetando os meios de interromper o componente humano de nossa noção cuidadosamente construída de um sistema de sistemas.

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