Pesquisa constata resíduos de agrotóxico no sangue e urina de moradores de 40 municípios de MT
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
Segundo Pignati as secretarias de saúde estão recebendo relatório da pesquisa para que providências sejam tomadas.
Uma pesquisa feita em quarenta municípios produtores de grãos de Mato Grosso constatou a presença de resíduos de defensivos agrícolas no sangue e na urina de moradores, em poços artesianos e amostras de água da chuva coletadas em escolas públicas e no ar.
O trabalho é fruto de uma parceria entre a Fundação Oswaldo Cruz e a UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso),visando medir efeitos do uso de agrotóxicos, monitorando da água de poços, contatando que 32% deles continham resíduos de agrotóxicos, que 40% das amostras de chuvas também estavam contaminadas, 11% das amostras de ar também apresentavam resíduos de tóxicos como o endossulfam -que teve seu banimento recomendado por seu potencial cancerígeno.
De acordo com o professor Wanderlei Pignati, pesquisador e doutor em saúde publica da UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso) e da Fundação Oswaldo Cruz, a amostragem demonstra contaminação não só nos municípios analisados mas também nos circunvizinhos e dentre os municípios analisados está Lucas do Rio Verde.
A pesquisa que teve sua primeira etapa concluída envolve todo o cetro oeste brasileiro e agora analisa a correlação entre esses dados de registros de intoxicações e a incidência de doenças como, câncer e ainda a má-formação fetal e distúrbios neuropsicológicos.
Segundo o estudo, Mato Grosso despejou na última safra cerca de 105 milhões de litros de agrotóxicos -11% do total do Brasil. No período, as cidades pesquisadas colheram 2,5 milhões de toneladas de soja e milho -8% do estimado para o Estado.
Segundo Pignati as secretarias de saúde estão recebendo relatório da pesquisa para que providências sejam tomadas.
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