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domingo, 28 de abril de 2013

Estação X ISTO é OFICIAL! 13-01-2013 - Jornal O Imparcial - Artigo meu. O Primeiro a denunciar tudo desde 1950.



ISTO é OFICIAL!
13-01-2013 - Jornal O Imparcial - Artigo meu.
O Primeiro a denunciar tudo desde 1950.

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Roni Esier

Até o ano passado a discussão sobre os sobrevoos de aeronaves em Araraquara serem de geoengenharia (controle) do clima era considerada uma teoria. Mas agora é oficial, enquanto em 2012 o encontro Rio+20 ganhou os holofotes da mídia mundial, a Conferência em Hyderabade na Índia ficou praticamente esquecida. E o resultado desta Conferência sobre Biodiversidade e a Geoengenharia realizada entre os dias 8 e 19 de outubro de 2012 na cidade de Hyderabade, Índia, não agradou ao diretor presidente do Instituto Nacional de Pesquisas e Defesa do Meio Ambiente (INMA) e Secretário Nacional de Meio Ambiente do PCdoB. Segundo ele, o interesse do empresariado na bioengenharia, com grandes investimentos em pesquisas, se relaciona com o objetivo de patentear as descobertas para obter bilhões de dólares, através do mercado de crédito de carbono. Uma pesquisa do ETC [Environmental Technology Centre], um observatório com sede no Canadá, mostra que pelo menos 27 patentes foram concedidas a inventores e cessionários, incluindo Bill Gates, Dupont, a ONG WWF, o governo dos EUA e várias corporações. Falando sobre esta questão Diana Bronson, do ETC, afirmou "Se a as técnicas de geoengenharia avançarem para a utilização real, a existência de patentes pode significar que as decisões sobre o clima serão efetivamente entregues ao setor privado".

Brasil foi contra, mas perdeu

Sobre o tema financiamento o Brasil propôs suprimir a referência aos setores privados no financiamento da defesa da biodiversidade. Manifestaram-se contra o Canadá e a Noruega. Este conflito entre países desenvolvidos e em desenvolvimento se relaciona com a defesa que os primeiros fazem do financiamento privado e os últimos do financiamento público, das medidas de defesa do meio ambiente. No final prevaleceu a posição dos países desenvolvidos, ao contrário da ‘Rio+20’, onde os países em desenvolvimento tiveram um papel destacado e conseguiram grandes vitórias. Entre elas a incorporação do princípio das “responsabilidades comuns, porém diferenciadas” em relação ao desenvolvimento sustentável. Esta mesma proposta foi rejeitada em Hyderabade. “A geoengenharia acarreta sérias preocupações nos meios científicos em relação às suas possíveis consequências. E, por isto mesmo, exige rigorosas comprovações científicas de seus impactos. Por isto as pesquisas sobre geoengenharia deveriam ser feitas por instituições públicas, sem interesses de ganhos econômicos, e sua aplicação controlada por organismos internacionais. No entanto o que está ocorrendo é o monopólio destas pesquisas por empresários. Tal fato acrescenta uma preocupação a mais no sentido de que iniciativas de adoção de técnicas de bioengenharia podem ser colocadas em prática sem levar em conta as medidas acima mencionadas. O fato relatado, veiculado pelo jornal Estado de São Paulo, diz respeito à posta em prática de um projeto de geoengenharia onde não houve comprovação científica de suas consequências e, muito menos, um controle internacional de sua aplicação prática. Tratou-se de uma decisão tomada pelo empresário financiador do projeto em função de seus interesses financeiros. O desenvolvimento de pesquisas sobre a geoengenharia são necessárias e positivas. O que os países em desenvolvimento não podem aceitar é que uma questão tão importante fique nas mãos de empresários particulares dos países desenvolvidos”, explica Aldo Arantes, diretor presidente do Instituto Nacional de Pesquisas e Defesa do Meio Ambiente (INMA).
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