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segunda-feira, 7 de junho de 2010

A medicina é a terceira causa de mortes http://www.umaoutravisao.com.br/artigos/Biblioteca/primeirolugar.html

Finalmente em primeiro lugar





Pelo menos nos Estados Unidos, a medicina e o sistema de saúde como um todo conseguiram o primeiro lugar. Já não são mais as doenças cardíacas ou o câncer as principais causas de morte naquele país. A principal causa é aquela produzida pela intervenção da estrutura médica sobre o indivíduo. O sistema mais caro do planeta acaba sendo o mais mortal. (Será que o Brasil não está seguindo o mesmo modelo?)

Numa recente revisão promovida por um grupo de pesquisadores foi verificado que o total de mortes por causas iatrogênicas (promovidas por métodos diagnósticos ou terapêuticos) pode chegar a mais de 783 mil em 2001, contra 699 mil provocadas pelas cardiopatias e os 553 mil provocadas pelo câncer.

Os números, que já são ruins, podem ser mais assustadores. Com algumas correções estatísticas o número de mortes pode ser próximo de um milhão de pessoas (em um ano). Nos últimos dez anos os efeitos co-laterais do medicamentos poder ter causado 1,06 milhões de mortes, e os procedimentos desnecessários e relacionados à cirurgias chegam a 670 mil. O total neste período é quase 8 milhões.

Numa sociedade em que a primeira frase do bom senso em saúde foi há muito tempo tempo esquecida: “em primeiro lugar não cause ou aumento o dano!”, o jeito “agressivo” de se posicionar frente a doença é a marca filosófica da medicina norte americana: intervir sempre, e sempre mais do que o recomendável. Assim, no ano de 1995, podem ter sido prescritos 20 milhões de antibióticos desnecessariamente para infecções virais. Se não fizesse muito mal o único problema seria o custo estratosférico para a população consumidora. O custo das mortes de causa iatrogênica chega a 200 bilhões de dólares. Nos últimos dez anos, 164 milhões de pessoas podem ter sido tratadas desnecessariamente pela “indústria médica” .

Um artigo publicado pelo dr. Joseph Mercola, em 2000, divulgando um artigo do renomado jornal americano de medicina (JAMA) que dizia que os médicos poderiam ser a terceira causa de morte foi contestado pela própria autora (Dra. Barbara Starfield - Escola John Hopkins de Higiene e Saúde Pública), pois no seu entender, quando o médico (e todo o equipamento de saúde pública) não informa de forma correta à população a causa das doenças, já aí se torna causador de enfermidade. Por exemplo: as pessoas pouco sabem sobre como funcionam seus organismos de forma fisiológica. No entanto elas reconhecem os ácidos do estômago em função da gastrite, e não entendem como eles funcionam na normalidade. Conhecem as secreções nasais pela rinite, e não sabem para que servem estas mesmas secreções durante o processo de entrada e saída do ar pelas vias respiratórias. Querem baixar a febre sem saberem que é uma reação orgânica é não a doença em si! Usam medicamentos supressores constantemente e acreditam que curam alguma coisa. Descobrem que estão com câncer bem cedo e generosamente chamam a isto de prevenção!

Um dos principais equívocos que levam a medicina a resultados desastrosos está na própria incapacidade de lidar com alguns aspectos contemporâneos de extrema relevância: o stress (que pode ser considerada a própria maneira de se viver hoje em dia) e como isto causa efeitos adversos sobre o sistema imunológico e o processo de vida; a insuficiente atividade física; o excesso de ingesta calórica (de péssima qualidade); alimentos desnaturados e altamente processados, gerados em solos agredidos quimicamente; e a exposição humana à dezenas de milhares de tóxicos ambientais. (No Brasil ainda tem a miséria e a desigualdade social).

Na formação médica norte americana há alguns dados que não podem deixar de serem considerados. Pelo menos a metade dos membros universitários envolvidos em pesquisas clínicas são consultores para a indústria farmacêutica. Coincidentemente, os testes clínicos patrocinados por empresas desta área costumam ter resultados em torno de 90% de eficiência do produto em avaliação, enquanto em pesquisas não patrocinados os resultados positivos ficam em torno de 50%. Finalmente há uma curiosidade financeira relevante: em 1981 a indústria de remédios “doou” 292 milhões dólares para faculdades. Em 1991 esta indústria “doou” 2,1 bilhões. Como nós não acreditamos em papai noel neste mundo capitalista, está doação não deve ter sido a fundo perdido. Seria desejável que pelo menos concebêssemos o conceito de “conflito de interesses” neste processo.

As drogas que têm os piores números em efeitos co-laterais pertencem aos grupos dos antidepressivos (família do Prozac), do antiinflamatórios e dos bloqueadores de cálcio (medicamentos para pressão), embora o grupo dos antibióticos seja aquele com maior incidência de efeitos adversos (afinal são os mais usados). Um estudo diz que um milhão de baixas hospitalares anuais se devem a tais efeitos.

Existe também um poderoso suporte a mídia, principalmente à televisão para formar uma espécie de prescrição direta ao consumidor. Em 2000, cerca de 2,5 bilhões de dólares foram gastos pelos laboratórios em sedutora propaganda! Quase todo mundo acredita que precisa de um medicamento que modifique seus sentimentos. A ansiedade ou qualquer sofrimento que lembre o nome de depressão supõe o uso de remédios.

Nossa forma de refletir em relação à saúde estás definitivamente corrompida. Obviamente os defensores do sistema atual colocarão frases de efeito, afirmando que o homem continua a fazer o que melhor pode fazer. Nunca haverá a honestidade suficiente para admitir que o que se faz de melhor está nos limites do retorno financeiro de qualquer investimento. A ciência fica a serviço do sistema.

Como o mundo apressado nos desobriga de pensar, e nos faz acreditar que nosso próprio corpo é nosso grande inimigo, estamos cada mais viciados em soluções externas, que nos tragam uma felicidade, uma saúde, uma longevidade que, conforme os ditames de nossa cultura, só pode chegar aos novos merecedores: o que podem pagar! Estamos descobrindo, as custas de muita dor, que este caminho jamais nos levará ao “paraíso perdido”.



(José Carlos Brasil Peixoto, 110704)



Fontes com inúmeras referências bibliográficas:

www.mercola.com/2000/jul/10/healthcare_death.htm;

www.mercola.com/2000/jul/30/doctors_death.htm;

Journal American Medical Association, July 26, 2000;284(4):483-5







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